A Inteligência Artificial é trendy
Nos últimos 12 meses (mais coisa menos coisa), as redes sociais foram invadidas pela Inteligência Artificial. Textos, vídeos e imagens, agora basta dar uma ordem à IA e ela gera-nos um texto ou uma imagem em segundos. Depois destes dois passos, os utilizadores da internet partilham esse texto ou imagem nas redes sociais e começa a criar-se uma tendência (ou trend) em que todos querem participar.
Ao mesmo tempo que surgem estas imagens e textos gerados por Inteligência Artificial, debate-se o seu uso (já que este implica até mesmo impactos no meio ambiente) e as problemáticas que pode trazer. Porque, por mais que haja uma percentagem de utilizadores que adere a trends de redes sociais de IA – como, por exemplo, a mais recente e polémica do Estúdio Ghibli – sem qualquer tipo de má intenção, existe uma outra percentagem de utilizadores que faz uso desta ferramenta para fins de propaganda e difusão de fake news que, ao contrário da misinformation, tem a função de causar um dano a algo ou alguém.
Além da partilha de informação, outro campo de debate da utilização da IA é o da arte. Um exemplo é o filme “O Brutalista” (que concorreu aos Óscares deste ano), onde o realizador Brady Corbet admitiu o uso desta ferramenta para “refinar” sons com precisão. O que estava em causa? O sotaque húngaro de Adrien Body e Felicity Jones. A inteligência artificial generativa também foi utilizada numa sequência no fim do filme com alguns desenhos que o realizador garante que foram desenhados manualmente. Outra problemática associada ao uso de IA no campo das artes é o facto de que a ferramenta utilizada para gerar novas imagens apodera-se das criações dos artistas (além, claro, de que se se gerar uma imagem como base numa fotografia nossa, também se apodera da nossa identidade), não os creditando. Além disto, cada vez mais são as entidades que preferem gerar e publicar uma imagem nas suas redes sociais com recurso à inteligência artificial (porque é algo acessível e rápido, não precisando de mão de obra) em vez de darem preferência à contratação de artistas especializados.
E tu? Qual é a tua opinião sobre a IA? E a sua utilização nas redes sociais? E na informação ou nas artes? Conta-nos tudo nos comentários.

